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O sentido
vestibular é às vezes chamado de sentido de orientação ou equilíbrio. De acordo
com a psicóloga Angelita Corrêa Scardua, este sentido fornece informações sobre
o movimento e a orientação da cabeça e do corpo, em relação a Terra, conforme
as pessoas movimentam-se sozinhas ou em veículos como carros, aviões, barcos e
outros. Essas informações, que não adentram a consciência, ajudam as pessoas a
manterem uma postura ereta e a ajustá-la durante os movimentos. O sistema
vestibular ajuda também na visão. A cabeça move-se continuamente conforme
inspecionamos o meio ambiente, os olhos movem-se automaticamente para compensar
os movimentos da cabeça, um reflexo iniciado pelo sentido vestibular. Estudos na área mostram que a metade das crianças com distúrbios de aprendizagem apresentam sinais de disfunção vestibular.Este sentido é muito importante para a percepção da
individualidade e o conhecimento do corpo como algo diferente do ambiente. Isto
só é possível quando a criança consegue controlar o corpo e definir os limites
entre ela e o mundo a sua volta.
Ao
nascer, os bebês não tem o senso de equilíbrio, e só aprendem a se equilibrar
através dos movimentos, quando o cérebro registra as informações e forma seu
próprio entendimento, isto contribuem para a aprendizagem do equilíbrio.
Os
movimentos que mais influenciam a aprendizagem do equilíbrio são: rolar, girar
e ficar de cabeça para baixo. As crianças adoram estes tipos de movimentos e os
fazem espontaneamente, pois o cérebro tem o desejo destes movimentos para
estimular o que chamamos de sentido vestibular e estabelecer o seu senso de
equilíbrio.
Sugerimos
aqui algumas atividades para estimular o senso de equilíbrio e consequentemente
alcançar uma
maturação adequada do cérebro, controlar as emoções e seus relacionamentos,
seus medos, o tônus muscular (prensão do lápis) e a atenção.
Tudo o que envolve o movimento do corpo no
espaço estimula o sentido vestibular. Isso inclui pular, rolar girar para um
lado e para o outro, dar cambalhotas, permanecer sobre um pé, sentar o bebê no colo
e girar numa cadeira giratória, ou numa de balanço, “plantar bananeira”,
deitar-se em bola de pilates e “dançar” em todas as direções. As rotações devem
ser suaves e lentas e devemos observar as reações das crianças, se elas
não gostarem é possível reduzir a
velocidade ou parar a atividade e tentar num outro momento.
As crianças mais velhas, que andam e correm
podem fazer esses movimentos por conta própria. No início pode ser um pouco
instável e fora de controle, mas são movimentos importantes que elas irão
aprender, porque a maturação física é a base da maturação emocional, social e
intelectual.
Texto : Elizabeth Katz - Pedagoga Consultora de Equipe Mommy in Bloom
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